Por uma
série de questões, ninguém gostava muito dela no serviço, inclusive eu. Era
muito bonita e extremamente provocativa, reconhecendo-se como tal.
Após uma
séria discussão com um diretor da empresa, ela entrou na copa, onde eu estava tomando
café, chorando, caiu ao chão, desmaiada. Prontamente levantei-a com cuidado,
colocando-a sentada, tentando reanimá-la. Chamei alguns funcionários para que
me ajudassem, mas, pela antipatia adquirida, ninguém se dispôs.
Claro,
preocupado que estava não havia percebido a armadilha. Quando parecia ter
voltado a si, disse-lhe que havia me dado um susto.
- Por que
você não se aproveitou? Perguntou na maior safadeza e caindo na gargalhada. Foi
quando percebi o teatro todo.
Com isso,
fui perdendo as reservas e ficando mais amigo dela.
Uma de suas
provocações prediletas, nessa ocasião, era agachar fazendo com que a calça
descesse e a calcinha e o rego da bunda ficassem aparecendo.
- Tem uma
calcinha fugindo, brincava eu.
- Ah, então
vem arrumar pra mim, respondia na lata, encostando-se a mim.
Com essa
aproximação tornamo-nos mais íntimos e fui algumas vezes, após o expediente,
até sua casa, que era razoavelmente próxima da empresa onde trabalhávamos. Essa
curta distância também permitia ir algumas vezes almoçar com ela.
Ela ficou
poucos meses na empresa. Depois que ela foi demitida a reencontrei apenas uma
vez na estação ferroviária. Mal deu pra gente se falar.
Depois soube
que ela havia ido para o Japão, onde já havia morado anos antes. Após isso não
tive mais notícias.
Estava em
casa sossegado, havia acabado de falar com minha filha e minha irmã ao
telefone. Quando me preparava para ligar ao advogado, que está cuidando das
minhas pendências profissionais, eis que o telefone toca.
- Pronto! Atendi.
- Quer vir
almoçar aqui comigo?
- Quem está me
convidando? Perguntei.
- A Li... Não
reconhece mais minha voz?
Depois de
uma rápida atualizada de nossas vidas, disse-lhe que iria ligar ao advogado e
topava o almoço. Combinamos que ela me apanharia na estação ferroviária de
Caieiras.
Assim foi um
dia de histórias orientais, em plena quarta-feira de feijoada, animando nosso
império em todos os sentidos.
PUTA QUE PARIU! PRE-CI-O-SO!
ResponderExcluirNem toda quarta-feira é de cinzas.
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