quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

DA FILOSOFIA DIRETA

No texto “Espionagem” falei sobre um tal chefinho medíocre durante o tempo em que trabalhei na prefeitura de Caieiras. Em razão dessa história que contei, e outras que ainda poderei contar, cortei qualquer proximidade, da pouca que já havia, com o sujeito.

Ele católico, “kantiniano”. Eu, ateu, “nietzscheniano”.

Tivemos alguns arranca-rabos pretensiosamente filosóficos.

Um dia, não sei por qual razão, emprestei a ele um livro. Fico em dúvida se foi A República, do Platão ou Emílio ou da Educação, do Rousseau.

Muito tempo depois, já rompidos e eu fora da prefeitura, ele foi me devolver o livro. Bateu palmas no portão de casa. Eu não estava e minha filha, Maíra, com seus 6 ou 7 anos, atendeu.

- O que você quer? Meu pai não gosta de você!


Ah, como amo esses meus filhos! 

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